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O mês de maio é dedicado a Maria.
Trata-se de uma antiga tradição popular, que foi assumida pela Igreja,
homenageando a pessoa da Mãe de Jesus. Ela merece dos cristãos um carinho todo
especial pelo seu importante papel na história da salvação. Deus a escolheu
para ser a mãe do Salvador, plenificou-a com sua graça, por isso proclamamos
“Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco”.
Para todos nós, ela é modelo de
fé e de oração, de contemplação do mistério divino. É a mulher obediente à
Palavra de Deus, de quem Isabel testemunhou: “Bem-aventurada a que acreditou,
porque se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas”. (Lc
1, 45) É modelo de amor e doação, que se põe a caminho para servir a prima
Isabel, que está a serviço e preocupada com os noivos nas Bodas de Caná. É a
mãe terna que ampara e protege seus filhos e sempre nos aconselha para que
sejamos fiéis a Jesus: “Fazei tudo o que Ele vos disser”. (Jo 2, 5)
O carinho do povo por Maria faz
com que ela seja louvada de diferentes maneiras, com diversos títulos. É o
cumprimento da profecia que fez em seu cântico do Magnificat: “To- das as
gerações me chamarão bem-aventurada.” (Lc 1, 48) O importante é que esse amor
não se reduza a devocionismos ou meras celebrações festivas, mas se concretize
na vivência do evangelho de seu Filho Divino. A verdadeira devoção a Maria se
manifesta na imitação de suas virtudes, praticando os ensina- mentos de Jesus.
A verdadeira devoção, também, reconhece que Maria é importante, mas é a segunda
no plano da salvação. O primeiro lugar pertence a Jesus.
Ressalte-se, também, que Maria é
uma mulher que viveu plenamente sua feminilidade. Muitas vezes os louvores que
lhe tributamos parecem ofuscar esta verdade: ela é uma mulher simples, humilde,
engajada na vida do povo. Mulher pobre, da periferia, que viveu a migração e a
exclusão. Mãe zelosa, que cuidou de Jesus com afeto e dedicação, trocando suas
fraldas, ajudando-o a dar os primeiros passos, cuidando de sua roupa e
alimentação, ensinando as lições da vida, enfim, fazendo o mesmo que nossas
mães fazem. Mulher forte aos pés da cruz e ao receber em seus braços o corpo
exangue de seu Filho querido.
Ela nos convida a rezar e a louvar:
“Minha alma glorifica o Senhor e exulta meu espírito em Deus meu Salvador”. (Lc
1, 46-47) Mas também nos convida a empenhar na luta pela justiça, pela
construção de um mundo novo, numa clara opção pelos pobres e marginaliza- dos,
os seus filhos prediletos. Pois no seu cântico nos recorda de que lado Deus e
ela estão: “Derruba do trono os poderosos e eleva os humildes; aos famintos
enche de bens, e despede os ricos de mãos vazias.” (Lc 1, 52-53)
Maria é muito importante na vida
de Jesus e deve ser também em nossa vida. Ela é a cristã autêntica,
comprometida com o Reino de Deus, sempre dócil e obediente à vontade do Senhor.
Modelo de Igreja, modelo para todos os cristãos.
Muitos já falaram das maravilhas
espirituais de Maria. É preciso, também, que lembremos suas outras dimensões. O
fundamental é proclamá-la mãe de Deus, da Igreja e de toda a humanidade.
Proclamá- la como imaculada, pura, santa, mas também como pessoa forte,
corajosa, que assumiu plenamente seu papel de mulher e de mãe.
Fonte: www.catequisar.com.br
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